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Os funcionários petroleiros da Revap de São José dos Campos e Transpetro de Taubaté rejeitaram a proposta de ACT (Acordo Coletivo de Trabalho) apresentada pelo Tribunal Superior do Trabalho e aprovaram nesta terça-feira o indicativo da greve nacional. O Sindicato dos Petroleiros de São José dos Campos iniciou a votação no último dia 9, que foi encerrada nesta terça-feira (15). O início da paralisação ainda não foi definido.
A proposta de ACT foi rejeitada por 62,5% dos trabalhadores que participaram da assembleia e a greve aprovada por 51,2%. Participaram da votação 753 petroleiros (97% de trabalhadores ativos e 3% aposentados).
A consulta aos trabalhadores foi feita com urna fechada, para garantir que os trabalhadores não sofressem nenhum tipo de retaliação por parte da empresa, que mobilizou gerências e cargos de chefia para votarem contra a greve.
Impasse
A data base da categoria é 1º de setembro. No entanto, a Campanha Salarial chegou a um impasse depois que a categoria rejeitou, em todo país, a proposta apresentada pela Petrobrás, levando a estatal a buscar a mediação do TST (Tribunal Superior do Trabalho).
Entre os principais pontos da proposta de ACT apresentada pelo Tribunal estão reajuste salarial de 70% da inflação, criação de banco de horas, possibilidade de aumento da jornada para 12h sem o aval dos trabalhadores. Os petroleiros reivindicam a renovação acordo do atual Acordo Coletivo de Trabalho, sem a retirada de nenhum direito.
“Os petroleiros rejeitaram esta proposta porque ela retira direitos históricos, conquistado com anos de luta, e pior, ainda abre o caminho para a privatização da Petrobrás. Agora vamos esperar o resultado final das assembleias em todo o país e a indicação das federações para o início da breve”, afirma o presidente do Sindicato, Rafael Prado.
